Vacina contra a gripe causa alguma reação? Veja os mitos e verdades sobre o imunizante e quem pode fazer

Neimar De Cesero / Agencia RBS
Vacinação contra a gripe está disponível para toda a população.

O Rio Grande do Sul encontra-se sob sinal de alerta máximo devido ao aumento das internações por doenças respiratórias e para o baixo índice de adesão à vacina contra a gripe. Disponível desde abril, o imunizante foi aplicado em menos de um terço da população. 

Mesmo sendo antiga no calendário brasileiro, a vacina contra a gripe é cercada de mitos. O enfermeiro Augusto Clippa, chefe do núcleo de imunizações Zona Sul da Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre (SMS), responde a uma série de perguntas sobre o imunizante.

Perguntas e respostas sobre a vacina contra a gripe

É preciso vacinar contra a gripe todos os anos?

Sim. A necessidade de vacinar anualmente está relacionada à facilidade que o vírus da gripe tem de realizar mutações genéticas. Ou seja, o microrganismo que circula hoje é diferente do que circulava ano passado. 

A vacina contra a gripe dá efeito colateral?

Pode acontecer. Os sintomas mais comuns são: dor e vermelhidão no braço de aplicação, dor no corpo e febre baixa.

A vacina pode provocar gripe na pessoa?

Não. A vacina da gripe é uma vacina inativada, feita com o vírus da gripe “morto”, então é impossível que a pessoa tenha sintomas de gripe. 

— Por essa característica, ela usa um adjuvante, que é um produto que vai gerar uma resposta local, que é o que vai ativar o sistema imunológico. Isso vai causar a dor no braço, que é o efeito mais comum após a vacina. Mas em um ou dois dias some por si só — explica.

É preciso algum cuidado especial após a vacina?

Não. A orientação é seguir com uma boa alimentação, fazer repouso diário adequado e manter-se hidratado. 

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Todo mundo pode fazer a vacina?

A vacina contra a gripe pode ser feita em todas as pessoas. Em duas situações há contraindicação: pessoas com histórico de alergia a doses anteriores e crianças menores de seis meses. 

— Há pessoas que tem alergia grave a ovo de galinha, essas têm que fazer a vacina sob supervisão médica. Fora isso, não tem contraindicações — afirma.

Quais são as cepas que compõem a vacina de 2025?

A vacina deste ano protege contra as cepas: H1N1, H3N2 e Influenza B. Atualizada todos os anos, tradicionalmente, as cepas escolhidas para compor o imunizante no Hemisfério Sul são aquelas que causaram mais danos no inverno do Hemisfério Norte.

— Durante todo o ano, a Organização Mundial da Saúde faz avaliação das cepas, das mutações dos vírus influenza e quais tem os maiores impactos na população no geral. 

Vírus da gripe mata?

Sim. Clippa aponta que o vírus da gripe mata, principalmente os grupos de risco, como idosos, crianças e pessoas com comorbidade. 

— A pessoa pode escolher a porta que ela vai entrar: a porta da sala de vacinas ou a porta de uma UTI, sendo que as UTIs estão lotadas. Vacina é prevenção, temos que fazer antes da doença.

Quantos dias depois de vacinado começa a fazer efeito?

As vacinas demoraram em torno de 15 a 30 dias para fazer efeito. O pico de proteção é de um a três meses após a aplicação.

Quem tem sintomas de gripe, pode fazer a vacina?

Não. A recomendação é que pessoas que estejam com quadro de febre adiem a aplicação da vacina. 

— Se está com febre, vamos adiar a vacinação para não confundir com possíveis reações da vacina com o quadro de saúde atual. Se não tiver febre, não tem contraindicação. Pode fazer tomando medicação, pode fazer enquanto tá fazendo uso de antibiótico.

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Quais são os grupos prioritários?

A vacinação é recomendada especialmente para os mais de 20 grupos prioritários:

  • Crianças de seis meses a menores de seis anos
  • Gestantes
  • Idosos a partir de 60 anos
  • Trabalhadores da saúde
  • Puérperas
  • Professores dos ensinos básico e superior
  • Indígenas
  • Quilombolas
  • Pessoas em situação de rua
  • Profissionais das forças de segurança e de salvamento
  • Profissionais das Forças Armadas
  • Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade)
  • Pessoas com deficiência permanente
  • Caminhoneiros
  • Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso)
  • Trabalhadores portuários
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade
  • População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos)
  • Trabalhadores dos Correios

A campanha foi iniciada com os grupos prioritários, mas já está aberta para toda a população.  

Onde as vacinas estão disponíveis?

Em Porto Alegre, as vacinas estão disponíveis em todas as unidades de saúde. 

— Nós temos unidades de saúde que ficam abertas até as 22h. E, agora no início da operação inverno, nós vamos ter unidades abertas sábados, domingos e feriados. Durante toda a semana, de manha, de tarde ou de noite, vamos ter uma opção para buscar a vacinação contra a gripe e todas as outras vacinas que estão disponíveis no Programa Nacional de Imunização — acrescenta Augusto Clippa

Mesmo de graça, por que as pessoas não se vacinam contra a gripe?

— Essa questão que foi debatida muito nos últimos anos de colocar em cheque a questão da segurança das vacinas, de que ela poderia fazer mais mal do que bem, isso é uma coisa que tem nos preocupado bastante. Essa questão das fake news, das falsas informações. Tem muitas pessoas que não identificam a importância das vacinas — destaca Clippa.

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Outra indicação

Clippa recomenda que a população esteja atenta à etiqueta respiratória, como forma adicional de conter a propagação do vírus. Caso a pessoa apresente sintomas respiratórios, a orientação é evitar estar em contato com os grupos de risco, ficar em grandes aglomerações, fazer a higiene correta das mãos e usar máscara.

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