Caso de gripe aviária em MG suspende prazo de vazio sanitário? Entenda

O governo de Minas Gerais decretou na última terça-feira (27) situação de emergência sanitária animal após confirmar três casos de gripe aviária em aves ornamentais. Tratam-se de dois gansos e cisne negro silvestre, criados sem o objetivo de consumo humano.

Por serem aves silvestres, o caso não interrompe o período de vazio sanitário estabelecido para que o Brasil possa retomar gradualmente as exportações de carne de frango.

O vazio sanitário iniciou na última quinta-feira (22) na granja de Montenegro. O prazo dura 28 dias. Se durante esse período, o Brasil não identificar novas ocorrências, poderá se autodeclarar livre da doença na região e retomar gradualmente as exportações do produto.

“O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) esclarece que o caso registrado em Minas Gerais refere-se a uma ave silvestre. Esses registros demonstram que a doença está sendo introduzida por aves migratórias que sobrevoam o território brasileiro. Algumas dessas aves chegam contaminadas e acabam contribuindo para a disseminação do vírus”, disse a pasta em nota enviada à CNN.

Durante o vazio sanitário, a granja comercial onde foi detectado o primeiro foco deve permanecer sem a presença de aves ou atividades avícolas. O protocolo sanitário estabelece dois períodos de incubação de 14 dias.

Mais de 40 destinos comerciais já impuseram algum tipo de suspensão temporária, nacional ou regional, a importações de carne de frango brasileira. As restrições foram impostas após a confirmação de um foco de gripe aviária em uma granja comercial de Montenegro (RS).