Exercícios reduzem em 37% mortes por câncer de intestino, diz estudo

Fazer atividades físicas pode reduzir o risco de recorrência de tumores e de morte em quem tem câncer de intestino. A descoberta é de um estudo clínico conduzido pelo Canadian Cancer Trials Group com 889 pacientes em seis países. A pesquisa foi apresentada durante o Congresso Anual da ASCO, em Chicago.

Os pesquisadores identificaram que um programa de exercícios físicos estruturado de três anos pode reduzir significativamente o risco de recorrência do câncer de intestino, mesmo em pacientes com doença localmente avançada.

A intervenção mostrou redução de 28% na reincidência da doença e de 37% no risco de morte, quando comparada a um grupo que recebeu apenas orientações de saúde. Os quase 900 voluntários foram tratados previamente com cirurgia e quimioterapia adjuvante para câncer de cólon em estágio três (90% deles) ou estágio dois de alto risco — o nível máximo é quatro.

O ensaio clínico observou que a taxa de sobrevida livre de doença foi de 80% no grupo que seguiu o programa físico, contra 74% no grupo orientado apenas com materiais educativos. A sobrevida global após oito anos foi de 90% e 83%, respectivamente.


Sinais de alerta do câncer de intestino

  • Presença de sangue na evacuação, seja de vermelho vivo ou escuro, misturado às fezes, com ou sem muco.
  • Sintomas irritativos, como alteração do hábito intestinal e que provoca diarreia crônica e necessidade urgente de evacuar, com pouco volume fecal.
  • Sintomas obstrutivos, como afilamento das fezes, sensação de esvaziamento incompleto, constipação persistente de início recente, cólicas abdominais frequentes associadas a inchaço abdominal.
  • Sintomas inespecíficos, como fadiga, perda de peso e anemia crônica.

Diferença está no acompanhamento contínuo

No grupo ativo, os pacientes contaram com o suporte de consultores de atividade física. Nos primeiros seis meses, as reuniões foram quinzenais. Depois, passaram a ser mensais, com sessões extras para apoio, conforme necessidade.

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O objetivo era aumentar ou manter a atividade física recreativa em pelo menos 10 horas semanais. Os participantes tinham liberdade para escolher o tipo, intensidade e duração dos exercícios, que incluíam caminhada, corrida, ciclismo e natação.

Além da melhora nos índices clínicos, o programa resultou em melhor funcionamento físico relatado pelos pacientes, maior aptidão cardiorrespiratória e maior distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos.

Redução de mortes por câncer de intestino

Durante o acompanhamento médio de 7,9 anos, 93 pacientes no grupo com exercícios estruturados tiveram recidiva da doença, contra 131 entre os que receberam apenas orientações de saúde. O número de óbitos também foi menor: 41 no grupo ativo e 66 no grupo controle.

Apesar da eficácia, 19% dos pacientes do grupo de exercícios relataram efeitos musculoesqueléticos, como distensões ou fraturas. No grupo controle, o índice foi de 12%. Dos eventos no grupo ativo, 10% foram atribuídos diretamente à prática física.

“Como oncologista, uma das perguntas mais comuns que recebemos dos pacientes é: ‘O que mais posso fazer para melhorar meu resultado?’ Agora temos uma resposta clara: um programa com personal trainer pode reduzir o risco de câncer recorrente ou novo e aumentar a longevidade”, afirmou o oncologista Christopher Booth, da Queen’s University em Kingston, no Canadá, e principal autor do estudo.

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Também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso -chamada cólon -, no reto e ânus

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O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado

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Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras

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Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)

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Doses de café pode reduzir em 30% risco de câncer de intestino

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Os sintomas mais associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração das fezes e massa (tumoração) abdominal

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O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio)

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O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas

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A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino

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Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana

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Pesquisa pode mudar diretrizes clínicas

Embora recomendações sobre estilo de vida saudável já existam, pacientes relatam falta de apoio para implementar mudanças após o tratamento. O estudo destaca a importância de intervenções práticas, com suporte técnico, para transformar essas diretrizes em ações efetivas.

O programa também será avaliado quanto ao custo-benefício, considerando os ganhos em saúde e a viabilidade de implementação no sistema público e privado de equipes que incentivem a prática física.

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